Corpo de jovem torturado até a morte no dia do aniversário ainda está no IML

Pai sofre há quatro meses tentando tirar o corpo do filho do IML

Por Sérgio Ferreira 06/02/2018 - 08:09 hs

O corpo de um jovem, que foi brutalmente assassinado em outubro de 2017, permanece na geladeira do Instituto Médico Legal (IML) Nina Rodrigues, em Salvador. O vendedor Matheus Barbosa do Santos, 27 anos, foi sequestrado, torturado, morto, e teve o corpo carbonizado no dia do aniversário em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

A questão é que já tem quatro meses que o caso aconteceu e a família da vítima tenta fazer a liberação do corpo, pois aguarda resultado de exames de DNA, para confirmar a identidade.

O CRIME

No dia 8 de outubro, um domingo, Matheus passou o dia na praia. No final da tarde, por volta das 16 horas, o jovem retornou para sua casa localizada no Bairro Simões Filho 1, onde morava com esposa e dois filhos. De acordo com a família, ele foi atraído para um suposto bate papo entre amigos e acabou caindo em uma emboscada, sendo sequestrado, torturado e morto.

No dia seguinte, 9 de outubro, data em que Matheus completaria 28 anos, seu corpo foi encontrado dentro do porta malas de um carro carbonizado, em uma estrada de bairo da Fazenda Braquiária, na região do KM-30, próximo à Escola Municipal Professora Maria de Souza Chaves. Na ocasião, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) encaminhou os retos mortais do jovem ao IML para confirmar a identificação.

SOFRIMENTO

O mestre de obras Assis Barbosa dos Santos, 47 anos, conhecido como Kiko, pai de Matheus, afirma ao Simões Filho Online que, à medida que o tempo passa, a dor vai aumentando. Ele frisa inclusive que o procedimento é burocrático e já realizou três tipos enxames. Porém, o drama vivido pela família da vítima há 119 dias, não deve acabar logo, tendo em vista que ainda não há data definida para a liberação do corpo para o sepultamento.

“Não bastasse a dor da perda, essa espera ainda trás mais transtornos à família. É desesperador, dormir e acordar com uma situação dessas é muito difícil. Hoje mesmo, eu estou aqui com pressão alta e labirintite. Isso está tirando meu sossego, minha saúde”, desabafa seu Assis, com desanimo.

Seu Assis pede agilidade na liberação dos restos mortais de Matheus para que a família possa prosseguir com os trâmites de seu sepultamento.

“Dói muito não ter meu filho comigo. É muito doloroso enfrentar essa situação”. Peço providências dás autoridades. No IML, o corpo está identificado pelo número 50213”, diz ao Simões Filho Online.

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