Por: Sérgio Ferreira
Depois de escolher o presidente, Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), os senadores que integram a CPI da Covid voltam a se reunir nesta quinta-feira para analisar o plano de trabalho apresentado por Renan. Até o início da manhã de hoje, 288 requerimentos foram apresentados pelos senadores. Os parlamentares devem analisar os pedidos na sessão de hoje, entre eles a convocação de ex-ministros do governo Jair Bolsonaro. A sessão teve início às 9h30.
Senadores independentes e da oposição definiram na noite desta quarta-feira o cronograma de convocações da CPI da Covid para os próximos dias. O colegiado deve começar ouvindo os ex-ministros da Saúde do governo Jair Bolsonaro, Eduardo Pazuello, Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta; o atual ministro da pasta, Marcelo Queiroga; e o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten. As informações foram confirmadas ao GLOBO pelo presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-MA).
Em minoria na comissão e sofrendo derrotas em
sequência, o governo tem tido a atuação contestada inclusive por
aliados, que veem amadorismo na atuação. Dentro do Executivo, há também a
percepção de que não se encontrou o caminho para blindar a gestão Jair
Bolsonaro e de que as ações em curso são pouco efetivas. Há uma disputa
interna no Palácio do Planalto entre os ministros Luiz Eduardo Ramos
(Casa Civil) e Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) pelo comando da
estratégia.
Senadores avaliam que o Planalto ainda não conseguiu desenvolver meios para proteger Bolsonaro das investigações. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), tem tentando manter um clima pacífico entre o Planalto e Renan, mas sem sucesso. Ele afirmou publicamente que o critério da proporcionalidade deveria ser respeitado na CPI — foi essa regra que garantiu o posto a Renan.
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