As notícias mais importantes sobre coronavírus de 24 de julho

Por Sérgio Ferreira 24/07/2020 - 10:49 hs

Por  Sérgio Ferreira

Vacinas podem ter aprovação acelerada, estudo mostra que vírus pode se 'camuflar' contra sistema imunológico e OMS alerta Europa sobre risco de 'ressurgimento' da Covid-19 em meio à reabertura.

Hoje é sexta-feira, 24 de julho, e o Brasil tem 2,2 milhões de casos confirmados de coronavírus. O número de mortos pela Covid-19 no país é de mais de 84 mil.

A média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.055 óbitos, aumento de 2% em relação aos dados registrados em 14 dias. Já a média móvel de casos foi de 39.316 por dia, um crescimento de 5% em relação aos casos registrados em 14 dias.

Em todo o mundo, três países já superaram a marca de 1 milhão de diagnósticos: Estados Unidos (4 milhões), Brasil (2,2 milhões) e Índia (1,2 milhão).

Abaixo, o G1 reúne as principais notícias do dia sobre coronavírus:

Vacinas para Covid-19 poderão ter aprovação acelerada?

François Venter, professor da Universidade Wits, em Joanesburgo, na África do Sul, se voluntaria para testes da vacina para a Covid-19, primeiros na África do Sul, no Hospital Chris Hani Baragwanath, em Soweto, no dia 14 de julho. — Foto: Luca Sola/AFP

François Venter, professor da Universidade Wits, em Joanesburgo, na África do Sul, se voluntaria para testes da vacina para a Covid-19, primeiros na África do Sul, no Hospital Chris Hani Baragwanath, em Soweto, no dia 14 de julho. — Foto: Luca Sola/AFP

A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, afirmou nesta sexta-feira (24) que os testes para Covid-19 poderão ser aprovados com mais rapidez após resultados indicarem segurança na imunização. Segundo ela, testes sobre a eficácia e segurança das vacinas – um processo que geralmente leva anos – poderão ser acelerados para seis meses em meio à pandemia, caso haja informação suficiente para emitir registros.

Como o novo coronavírus se 'camufla' para enganar células do corpo?

Estrutura de enzimas produzidas pelo Sars CoV-2 — Foto: Nature Communications/Reprodução

Estrutura de enzimas produzidas pelo Sars CoV-2 — Foto: Nature Communications/Reprodução

Pesquisadores conseguiram desvendar uma enzima importante para o Sars CoV-2. Com a ajuda dela, o vírus consegue fazer alterações genéticas e não ser rastreado como um invasor ao entrar no corpo, uma espécie de camuflagem contra o sistema imunológico. A descoberta do mecanismo usado pelo vírus para não ser reconhecido pode ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos contra a Covid-19, dizem os autores. O estudo foi publicado pela "Nature Communications" nesta sexta-feira (24).

O que a OMS recomendou diante do avanço do novo coronavírus em países europeus?

Passageiras usam máscaras para se proteger contra o coronavírus em ônibus em Tel Aviv, Israel — Foto: Reuters/Amir Cohen

Passageiras usam máscaras para se proteger contra o coronavírus em ônibus em Tel Aviv, Israel — Foto: Reuters/Amir Cohen

A representação europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (24) estar "preocupada" com o ressurgimento da Covid-19 em alguns países do continente e pediu que suspendam as restrições "com cuidado" ou até que as restabelecessem se é necessário. Entre os países que acumulam um número significativo de novos casos, incluindo um aumento, estão: Israel; Montenegro; Luxemburgo; Bósnia; Sérvia; Romênia e Bulgária.

Mais de três milhões de infecções pelo novo coronavírus foram registradas na Europa, segundo balanço feito pela agência France Presse, nesta quinta-feira (23), com base em fontes oficiais.

O novo coronavírus pode atingir felinos?

Foto de arquivo mostra leão e filhote no Zoológico do Bronx, em Nova York — Foto: Reprodução/Facebook/Zoológico do Bronx

Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram duas linhagens diferentes do coronavírus Sars-Cov-2 em felinos do Zoológico do Bronx, em Nova York. O estudo foi publicado com prévia (pré-print) e ainda aguarda a revisão de outros cientistas. O zoológico havia reconhecido em março deste ano que quatro tigres e três leões apresentaram sintomas leves de Covid-19, e todos os animais foram submetidos ao teste RT-PCR (cotonete) para o diagnóstico da infecção.

Os pesquisadores não conseguiram identificar a origem do vírus que infectou os leões. No entanto, os dados epidemiológicos e análises genéticas apontaram similaridades entre os tipos de vírus encontrados nos tigres e em cuidadores que também tiveram a doença, o que pode indicar uma transmissão humano-animal. Não há, até o momento, evidências de que o coronavírus possa ser transmitido por animais.

G1