Presidente do Poder Legislativo Orlando de Amadeu, vereadores participam da solenidade ao 2 de Julho
Solenidade cívica diferenciada por conta da pandemia do Coronavírus
Solenidade cívica diferenciada por conta da pandemia do Coronavírus
Por Sérgio Ferreira
Apesar da impossibilidade dos tradicionais festejos na cidade em razão da pandemia do Coronavírus (Covid-19), os vereadores participaram na manhã desta quarta-feira (1º), de Ato Cívico diferenciado do Fogo Simbólico, em alusão 2 de Julho, quando se celebra a Independência da Bahia, sem o acesso do público com as devidas restrições para garantir o distanciamento social, em obediência as determinações e recomendações dos protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e dos decretos municipais.
A solenidade contou com as presenças das autoridades municipais e estaduais, entre eles, o prefeito Diógenes Tolentino e da primeira-dama e deputada estadual Kátia Oliveira, do vice-prefeito, Sid Serra, dos secretários municipais de Cultura (Secult), Ailton Silvaiguerra, e de Esporte, Lazer e Juventude (Sejuv), Sirliane Ribeiro. A Câmara Municipal foi representada pelo presidente da Casa, Orlando de Amadeu (PSDB) e mais dois parlamentares, o líder do governo, vereador Neco Almeida (DEM), e o vereador Manoel Carteiro (Republicanos).
A partir das 9h, houve o acendimento da pira municipal, seguido da cerimônia de hasteamento das bandeiras nacional, do estado e de Simões Filho realizada pelas três autoridades e da entoação dos Hinos da Bahia e do Brasil. No pavilhão onde ocorreu a breve celebração, não houve acesso do público no intuito de evitar aglomerações e o risco de contágio, transmissão e proliferação pelo Coronavírus.
Na oportunidade, o prefeito Diógenes Tolentino deixou breves palavras aos presentes, estendendo agradecimento e reconhecimento ao trabalho da Câmara e dos vereadores do Legislativo Municipal, destacando o desenvolvimento e o crescimento da cidade e o sentimento de independência e de esperança de um futuro melhor para o município. “Eu quero registrar o trabalho da Câmara de Vereadores pelo empenho que tem feito para o bem da população simõesfilhense”, enalteceu o prefeito.
O presidente da Câmara, Orlando de Amadeu, explica que com a pandemia da Covid-19, inevitavelmente, a celebração pela Independência do Brasil na Bahia este ano foi diferenciada pelo momento incomum que passa o país, o Estado e a cidade de Simões Filho. “Estamos vivendo algo fora do comum, mas o Dois de Julho não poderia deixar de ser comemorado, como forma de tentar manter a tradição, mesmo sem aglomeração e mantendo o distanciamento social para não correr o risco de contaminação. Nossa prioridade é preservar vidas”, destacou o presidente.
No mesmo dia, às 16h, o historiador Ademário Ribeiro participa de uma Live transmitida pelas redes sociais em que apresenta um retrospecto histórico das lutas que arcaram a Independência baiana e a participação do município para a consolidação desta luta. Ao longo da narrativa, o historiador revela fatos curiosos da guerra pela Independência do Brasil na Bahia para celebrar o 2 de julho, data magna do estado. Na abordagem, Ademário retrata a importância da Independência da Bahia na construção da identidade cultural do povo baiano. Ao lançar um olhar sobre as expressões populares que tomam as ruas todos os anos, o historiador pretende mostrar como a história se manifesta através do protagonismo do povo e do seu desejo por liberdade.
Tradição
Antes de chegar à capital baiana para o ponto máximo das comemorações ao 2 de julho, o Fogo Simbólico passa pelas cidades-chave da Independência, saindo de Cachoeira, passando por Saubara e Santo Amaro (sendo estas três do recôncavo baiano), depois pelas cidades metropolitanas de São Francisco do Conde, Candeias e Simões Filho, chegando à capital baiana no dia 2 de julho.
O 2 de julho é a data cívica mais importante para a Bahia. Neste ano, a Bahia vai comemorar 197 anos do início do movimento que começou em 1821 e terminou em 2 de julho de 1823, que decretou a independência do estado baiano em plena guerra da independência brasileira. A Independência da Bahia veio quase um ano após à Independência do Brasil, que é reconhecida em 7 de Setembro de 1822.
A Independência do Brasil na Bahia comemora o início da separação definitiva do país do domínio de Portugal pelas tropas do Exército e da Marinha Brasileira, em Dois de Julho de 1823 - ano seguinte ao anúncio da emancipação brasileira proclamada por Dom Pedro I (7 de setembro de 1822).
As batalhas em solo baiano contaram com amplo apoio da população e foram essenciais para expulsar as tropas portuguesas que insistiam em ocupar algumas províncias brasileiras. Dentre os nomes hoje lembrados pela vitória estão Maria Felipa, Sóror Joana Angélica, General Labatut e Maria Quitéria.
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