Comerciante é morto em assalto após receber R$ 15 mil no Ceasa

Comerciante e morto no Centro de Abastecimento de Salvador (CEASA)

Por Visual News Notícias 22/12/2018 - 17:22 hs

Por Visual News Noticias

A recomendação em um assalto é nunca reagir e foi o que fez o comerciante Euclides da Silva Moura, 34 anos, na tarde de sexta-feira (21), no Ceasa próximo  de Simões Filho, local de trabalho. Euclides foi surpreendido por um homem armado. Sem titubear, a vítima entregou ao assaltante um pacote contendo pelo menos R$ 15 mil em espécie. Ainda assim, mesmo sem esboçar qualquer reação, o comerciante foi baleado no tórax e acabou morrendo instantes depois. 

Segundo testemunhas, o criminoso chegou ao local do crime sozinho, em uma moto. O corpo de Euclides foi levado para o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, mas já foi liberado para ser enterrado em Petrolina, em Pernambuco, onde a vítima nasceu.

Euclides trazia de Petrolina num caminhão frutas diversas para serem vendidas a outros comerciantes do Ceasa e também aos seus clientes, em um boxe no galpão II,  que herdou de um irmão. Nesta sexta, descarregou do caminhão mais de 700 caixas com acerolas, mangas, cajás e outras frutas. 

No início da tarde, por volta das 13h, o irmão de Euclides tinha acabado de recolher o que faltava referente ao pagamemto das mercadorias - aproximadamente R$ 15 mil, segundo os próprios permissionários do local.

O irmão de Euclides tinha  acabado de entregar o dinheiro a ele, quando o ladrão apontou a arma para o comerciante e gritou: "perdeu, perdeu!". Testemunhas relataram ao CORREIO que Euclides não esboçou reação e calmamente entregou o pacote com a coleta.

"Mesmo já com o pacote na mão, o ladrão atirou nele à curta distância e saiu correndo, fugindo na moto", contou outro feirante. 

Euclides foi socorrido pelos próprios feirantes para a Unidade de Pronto Atendimento do Centro Industrial de Aratu (CIA), mas não resistiu e morreu. Ele trabalhava na Ceasa havia mais de dez anos, era casado e deixou filhos.

Insegurança
A morte do comerciante trouxe à tona a insegurança na Ceasa. Os relatos dão conta de que os assaltos são constantes. "Não tem dia, nem hora, a vagabundagem age aqui de moto, carro, até a pé, e a polícia aqui sequer vem", declarou um comerciante. 

As vítimas não são só quem trabalha no centro de distribuição. Quem compra também sofre com os assaltos. "Outro dia, um cliente meu teve R$ 12 mil levado quando chegava aqui. Ele foi abordado por dois homens numa moto. Esse meu cliente compra aqui para revender em Cajazeiras. Depois disso, nunca mais  veio", contou outro feirante.

Fonte : correio24horas.com.br