Os palanques de Bolsonaro e Lula na Bahia

Por Sérgio Ferreira 09/08/2021 - 20:08 hs

Por: Sérgio Ferreira

Lula já tem palanque garantido na Bahia em 2022: o senador Jaques Wagner é candidatíssimo à sucessão do correligionário Rui Costa, que terminará seu segundo mandato.

Wagner já comandou o estado entre 2007 e 2015 e foi ministro de Lula e Dilma Rousseff.

O PT espera manter a aliança com o PP, do atual vice-governador, João Leão. Mas, com Ciro Nogueira na Casa Civil e a possibilidade de Jair Bolsonaro se filiar ao partido do Centrão, esse cenário poderá mudar.

Os petistas também acreditam que vão conseguir segurar a coligação com o PSD. A legenda de Gilberto Kassab pretende lançar Rodrigo Pacheco ao Planalto e, para dar palanque a ele, ventila-se uma possível candidatura ao governo do senador Otto Alencar, hoje pré-candidato à reeleição. Observadores da política baiana ainda acham pouquíssimo provável o PSD romper com o PT.

Outro pré-candidato ao governo garantido é o ex-prefeito de Salvador e presidente do DEM, ACM Neto, que fala em “independência” em relação ao governo Bolsonaro e publicamente defende o projeto da chamada terceira via.

Para tentar pressionar Neto a dar palanque a ele, Bolsonaro estimula a candidatura do seu atual ministro da Cidadania, João Roma, deputado federal licenciado do Republicanos. Roma foi chefe de gabinete do presidente do DEM na prefeitura da capital baiana, mas  negou que tenha sido alçado à Esplanada por indicação do ex-chefe. Políticos locais experientes apostam que os dois ainda caminharão juntos em 2022.

Bolsonaro teria ainda duas alternativas de palanque: a médica pró-cloroquina Raissa Soares, secretária de Saúde de Porto Seguro; ou o vereador da capital Alexandre Aleluia, hoje no DEM, filho do ex-deputado federal José Carlos Aleluia e amigo dos filhos do presidente da República.

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