Covid: Com 1.574 novas mortes, Brasil completa 18 dias de queda na média

Por Sérgio Ferreira 14/07/2021 - 23:32 hs

Por: Sérgio Ferreira

O Brasil registrou hoje 1.574 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas e chegou a 537.498 óbitos em toda a pandemia. Com isso, o país atinge o 18º dia consecutivo com queda na média móvel de mortes. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde

A média móvel de mortes ficou em 1.270, quarto dia consecutivo abaixo de 1.300 e o menor patamar desde 2 de março. A média de hoje teve uma queda de -19% na comparação com 14 dias atrás —tempo média de manifestação da doença.

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Apesar disso, este número está acima de mil há 175 dias. O índice é o cálculo da média diária de mortes a partir das informações dos últimos sete dias e, segundo especialistas, é o dado mais seguro para avaliar o cenário da pandemia.

Média móvel 14/7 - UOL - UOL

Média móvel 14/7

Imagem: UOL

O número de casos registrados nas últimas 24 horas foi de 56.956, o que levou o país à marca de 19.209.021 infectados desde março de 2020.

Quatro estados registraram mais de cem mortes, somando 1.042 óbitos, mais de 66% do número registrado em todo o país nas últimas 24 horas.

  • São Paulo - 519
  • Minas Gerais - 199
  • Paraná - 196
  • Rio de Janeiro - 128

Ainda assim, 17 estados e o Distrito Federal registraram tendência de queda na média móvel, enquanto dois tiveram alta: Acre e Paraná. Outros seis registraram estabilidade.

O estado de Roraima não registrou dados de casos e óbitos até as 20h de hoje, por isso foi desconsiderado no cálculo de média móvel. Em nota, a Secretaria de Saúde do estado alegou instabilidade de energia e internet e, por isso, não foi possível atualizar os dados no e-SUS.

Puxado pelo Paraná, a região Sul foi a única que registrou alta de 29%. As demais tiveram queda: Centro-Oeste (-26%), Nordeste (-22%), Norte (-21%) e Sudeste (-28%).

Média móvel por estado 14/7 - UOL - UOL

Média móvel por estado 14/7

Imagem: UOL

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-41%)
  • Minas Gerais: queda (-20%)
  • Rio de Janeiro: estável (-12%)
  • São Paulo: queda (-35%)

Região Norte

  • Acre: alta (67%)
  • Amazonas: queda (-30%)
  • Amapá: queda (-33%)
  • Pará: queda (-44%)
  • Rondônia: estável (-2%)
  • Roraima: estável (13%)* O estado não atualizou os dados até as 20h de hoje, portanto, a variação refere-se à média móvel de ontem
  • Tocantins: estável (8%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-22%)
  • Bahia: estável (-10%)
  • Ceará: queda (-17%)
  • Maranhão: queda (-18%)
  • Paraíba: queda (-41%)
  • Pernambuco: estável (-12%)
  • Piauí: queda (-65%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-31%)
  • Sergipe: queda (-40%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-16%)
  • Goiás: estável (-12%)
  • Mato Grosso: queda (-44%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-33%)

Região Sul

  • Paraná: alta (117%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-26%)
  • Santa Catarina: queda (-24%)

Dados do Ministério da Saúde

Hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil computou 1.556 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 537.394 óbitos provocados pela doença em todo o país.

Pelos números da pasta, houve 57.736 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 19.209.729 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, 17.858.633 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 813.702 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

UOL