“Estamos perdendo nossa juventude”, afirma deputada Kátia Oliveira
Estamos perdendo nossa juventude”, afirma deputada Kátia Oliveira sobre Atlas da Violência
Estamos perdendo nossa juventude”, afirma deputada Kátia Oliveira sobre Atlas da Violência
Por Visual News Noticias / Sérgio Ferreira
A deputada estadual Kátia Oliveira afirmou que são preocupantes os números de homicídios na Bahia divulgados pelo Atlas da Violência, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública na última quarta-feira (5). Segundo o estudo, o volume de assassinatos cresceu 4,4% em 2017 comparado ao ano anterior no estado - saiu de 7.171 para 7.487 casos.
Kátia Oliveira chama a atenção para outro dado preocupante: a maioria das mortes são de homens negros e jovens, com idade entre 15 e 29 anos. De acordo com o Atlas, do total de homicídios em 2017, dado mais recente disponível, 7 mil eram homens, 6.798 negros, e 4.522 jovens.
“Estamos perdendo nossos jovens para a violência. As vítimas de homicídios são, em sua maioria, homens negros, jovens e da periferia, muitas vezes sem acesso a direitos básicos. O Estado precisa olhar para a juventude, acolher esses jovens, não se pode abandoná-los, pois são eles que vão construir o futuro desse país”, ressalta a deputada.
Para ela, a Bahia é carente de políticas mais efetivas de combate e prevenção à violência. “O crescimento no número de homicídios mostra que o governo do estado tem falhado no seu dever de garantir segurança para a população baiana, na capital e no interior. Faltam, especialmente, políticas sociais e inclusivas para a população periférica”, destaca.
Mulheres
Outro dado que preocupa no Atlas da Violência foi o número de homicídios de mulheres em 2017, quando foram contabilizados 487 casos. Em relação a 2016, quando a pesquisa registrou 441 mortes, a elevação foi superior a 10%. “Embora seja um número bem menor em relação aos homens, preocupa o aumento, pois evidencia mais uma vez a falta de políticas de combate e prevenção. As mulheres já são vítimas de violências diárias, e precisam ter uma atenção especial do poder público”, pontua a deputada.
Em todo o Brasil, o aumento no volume de homicídios de mulheres foi de 6,3% - saiu de 4.645 para 4.936 casos. No número geral, o Atlas mostra que o Brasil teve 65.602 pessoas assassinadas em 2017. Foram 1.707 mortes a mais em relação ao ano anterior.
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