Garota de 15 anos morre após ingerir chumbinho em Simões Filho

Por Sérgio Ferreira 22/11/2017 - 23:27 hs

Uma garota de 15 anos morreu depois de ingerir o veneno para matar ratos, conhecido popularmente como chumbinho, na noite de terça-feira (21/11), em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (RMS). A menina chegou a ser levada para o Hospital Municipal da cidade, mas não resistiu à intoxicação.

A garota, identificada pelo prenome Caroline, morava no bairro Luís Eduardo Magalhães, mais conhecido como Barreiro.

De acordo com informações preliminares, a adolescente estava em seu quarto, quando depois de um tempo, familiares foram saber como a menina estava, mas foi surpreendida com a cena da adolescente desacordada. Próximo ao corpo de Caroline estava um frasco que continha veneno “chumbinho”.

Não há informações sobre o que levou Caroline a ingerir veneno e o caso será investigado pela 22ª Delegacia de Simões Filho. A jovem não apresentava nenhum sintoma depressivo. O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), em Salvador, para passar por exames de praxe.

Chumbinho

Apesar de ser proibido, o chumbinho continua sendo vendido na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e, consequentemente, muitos envenenamentos continuam a ocorrer. O produto, usado para matar ratos, é facilmente encontrado não só em Simões Filho, como em outras cidades da RMS.

Conforme os especialistas, o chumbinho não tem gosto ou cheiro, o que aumenta o risco de ingestão acidental, principalmente por animais e crianças. Segundo os médicos, a substância provoca a inibição de uma enzima no organismo. A falta destas enzimas provoca falta de ar, diarréia, cólicas, perda de urina, excesso de suor, alteração do nível de consciência que, se não tratados a tempo, podem ocasionar o óbito.

Quem vende este tipo de veneno comete um crime contra a saúde pública, com pena que vai desde multa até três anos de prisão. A loja também pode ser fechada. Como o produto é vendido de forma clandestina, a vigilância sanitária, que fiscaliza este setor, depende de denúncias da população para poder agir.