Correios entram em greve na Bahia

Trabalhadores dos Correios entram em greve na Bahia

Por Sérgio Ferreira 21/09/2017 - 08:45 hs

Os trabalhadores em Correios do Estado da Bahia entraram em greve por tempo indeterminado desde às 22 horas da última terça-feira (19/9). A categoria entrou em estado de greve logo após o fim da assembleia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia.

Na manhã desta quarta-feira (20/9), os trabalhadores realizaram uma manifestação em frente ao prédio Central da Pituba para discutir o andamento do movimento grevista. Além da Bahia, a paralisação atinge outros 19 estados e o Distrito Federal, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

Na Bahia, os funcionários afirmam que desde julho não conseguem entrar em acordo com os Correios e reivindicam reajuste salarial e melhorias em benefícios.

Segundo o sindicato baiano, no primeiro dia de greve mais de 80% dos trabalhadores de Salvador e do interior aderiram ao movimento nacional em todo estado. Enquanto isso, o Comando Nacional de Mobilização e Negociação (CNMN) vai permanecer em Brasília para negociar com a estatal.

SERVIÇO SEGUE NORMALIZADO, SEGUNDO OS CORREIOS

Os correios informaram que a paralisação aderida por algumas entidades da categoria, “não afeta os serviços de atendimento da empresa”. Segundo a estatal, todas as agências, inclusive as dos estados que aderiram a greve, estão abertas e com todos os serviços disponíveis.

A empresa ainda afirmou que colocou em execução o  Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população.

“Os Correios informam que o movimento está concentrado na área de distribuição — levantamento parcial realizado na manhã de hoje (20/9) mostra que 93,17% do efetivo total dos Correios no Brasil estão presentes e trabalhando — o que corresponde a 101.161 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença”.

NEGOCIAÇÕES 

A empresa ainda afirma que está em negociação com os sindicatos que não aderiram à paralisação e que continua disposta a dialogar com as representações dos trabalhadores na busca de soluções para o momento de crise financeira, além de considerar a greve “um ato precipitado que desqualifica o processo de negociação e prejudica todo o esforço realizado durante este ano para retomar a qualidade e os resultados financeiros da empresa”.