Brasil deve ganhar partido político voltado às favelas
A legenda deve pedir registro ao TSE no dia 30 de agosto
A legenda deve pedir registro ao TSE no dia 30 de agosto
A Frente Favela Brasil planeja apresentar-se nas eleições de 2018, para a qual pedirá seu reconhecimento como partido, baseada em uma plataforma que combina votos e "rebelião".
Esses locais também contam com cartazes que destoam das imagens usadas na política tradicional, com um jovem negro de rosto coberto e roupa de imperador, ao lado da frase "Favelados, rebelem-se contra sua marginalização".
Um dos fundadores da Frente Favela Brasil é o diretor de cinema Anderson Quack, que desenvolve um trabalho social nas cidades-satélites de Brasília, que historicamente sofrem com a pobreza e a desigualdade no entorno da rica capital federal.
Os mais entusiasmados com a iniciativa acreditam que o partido pode ser um dos mais populares do país, caso consigam cativar o eleitorado das favelas brasileiras, que, segundo o Censo de 2010, abrigam mais de 11 milhões de pessoas, cerca de 5% da população nacional.
É preciso levar em conta que o movimento nasce com mais força nas comunidades do Rio de Janeiro e de outras metrópoles do Brasil, mas esse nível de organização e ativismo não se repete homogeneamente em uma nação continental de 8,5 milhões de quilômetros quadrados.
Outro aspecto a ser considerado é que os moradores das favelas têm preferências partidárias muito distintas, e nada indica que eles migrarão automaticamente para a nova frente. É provável que a legenda, caso obtenha o registro, se concentre nas disputas legislativas, de forma a ganhar força para as eleições seguintes.
Segundo o partido, sua inspiração é a "luta pelo protagonismo e pelo reconhecimento da dignidade da pessoa negra, dos moradores de favelas, dos pobres do campo e das periferias do Brasil". (ANSA)
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